Freud Explica

Freud Explica

quinta-feira, 13 de junho de 2019

Cuidadora





Deito a cabeça sobre as pernas,
preciso compreender muitas coisas.
Todas estas coisas que já estavam lançadas.
Quando eu ainda não abrangia, sentia que precisava
respirar fundo, e a brisa fria da noite me tocava com cores, sabores, e letras se juntavam.
Então via o alívio chegando devagar.
Porque você está aqui, e eu posso te guardar com meu amor,
posso lhe dizer que irá ficar tudo bem outra vez,
na medida que o tempo passar.
Mas sem que você perceba, as lágrimas rolam em minha face, porque eu apenas queria te proteger.
Junto as mãos e faço uma prece, mesmo sem ser especial, me ajude aqui embaixo Deus, para que eu consiga fazê-la sorrir outra vez.
Nos resguarde...
Nos abrace...
Quando um coração se fere assim, VOCÊ é o único bálsamo.
Precisamos da calmaria agora, já é hora.
Ela dorme,
toco sua face querendo atingir seu coração,
e mesmo com todo meu amor e carinho não consigo.
O que sinto? É que gostaria de lhe proteger mais do que alcanço.
Percebo que aqui nesta Terra desempenhamos papéis.
Me ensine a cuidar dela por favor,
pois é o meu amor mais frágil.
Está arisca pela dor, preciso ir com jeito para lhe tocar.
Sua história é dolorosa...
Aprendi a ver no outro um semelhante, quando ela semeava caridade,
e jogava no caminho daqueles que precisavam.
Ela cuidou, ninou e chorou junto com quem pensava estar só.
Hoje, faço uma redoma à sua volta, e sabe?
Queria tirar os espinhos das rosas antes que chegassem até ela.
Minha mãe é minha heroína.
Muitas vezes o QUERER fica engessado e não podemos fazer muito, mas sabe? Eu queria saber proteger.
Porque eu sou sua mais apaixonada cuidadora, ela passou a ser minha menina grande.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Coração em exposição.
Pise com cuidado.

Obrigada!

(Autoria: Isis Carvalho)

(Autoria: Isis Carvalho)
Após tantas buscas, encontrar, perder, achar. Cada vez mais tenho certeza, que minha melhor busca é me sentir bem comigo mesma. E algumas vezes, reviver na memória coisas que eu queria esquecer. Feridas que ainda estão abertas, e que eu ainda não consegui sarar ou transformar em algo que eu pudesse excluir e não tivesse mais acesso.